Filosofando...



Sejam bem vindos!!

Dizem por aí que a melhor maneira de aprender é praticar... Então vamos colocar em prática aqui tudo o que discutimos na sala de aula!!
E vamos fazer deste espaço uma lugar agradável e descontraído de aprendizagem...:)


domingo, 21 de agosto de 2011

O Mito da Caverna - Platão

Imaginemos, escreve Platão, uma caverna separada do mundo exterior por um alto muro. Entre esse muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa alguma luz externa, deixando a caverna na obscuridade quase completa. Desde o seu nascimento, geração após geração, seres humanos estão acorrentados ali, sem poder mover a cabeça na direção da entrada nem se locomover até ela, forçados a olhar apenas a parede no fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do sol. Estão quase no escuro e imobilizados.
Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna (pensemos na caverna como se fosse uma sala de cinema e o fogo como a luz de um projetor de filmes).
Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres, animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna. Nunca tendo visto o mundo exterior, os prisioneiros julgam que as sombras das coisas e das pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos (as figuras e imagens que alguns transportam) são seres vivos que se movem e falam.
Os prisioneiros se comunicam, dando nomes às coisas que julgam ver (sem vê-las realmente, pois estão na obscuridade), e imaginam que o que escutam, e que não sabem que são sons vindos de fora, são vozes vindas das próprias sombras, e não dos seres humanos cujas imagens estão projetadas na parede, e também imaginam que os sons produzidos pelos artefatos que essas pessoas carregam nos ombros são vozes de seres reais.
Qual é, pois, a situação dessas pessoas aprisionadas? Tomam sombras por realidade, tanto as sombras das coisas e dos seres humanos exteriores como as sombras dos artefatos fabricados por eles. Essa confusão, porém, não tem como causa um defeito na natureza dos prisioneiros, e sim as condições adversas em que se encontram. Que aconteceria se eles fossem libertados dessa situação miserável?
Um dos prisioneiros, inconformados com a condição em que se encontra, decide abandonar a caverna. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção da saída da caverna e escala o muro. Enfrentando as durezas de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a ação da luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento.
Incredulidade porque será obrigado a decidir sobre onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu? Deslumbramento (literalmente: “ferido pela luz”), porque seus olhos não conseguem ver com nitidez as coisas iluminadas.
Seu primeiro impulso é retornar à caverna para livrar-se da dor e do espanto, atraído pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora. Além disso, precisa aprender a ver, e esse aprendizado é doloroso, fazendo-o desejar a caverna, onde tudo lhe é familiar e conhecido.
Sentindo-se sem disposição para regressar à caverna por causa da dureza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos, habitua-se à luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as coisas como elas realmente são, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as suas forças para jamais regressar a ela. Mas lamenta pelos outros prisioneiros. Por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
Que lhe acontece nesse retorno? Os demais prisioneiros zombaram dele, não acreditando em suas palavras. Se não conseguirem silenciá-lo com suas caçoadas, tentarão fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teimar em afirmar o que viu e os convidar a sair da caverna, certamente acabarão por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderão ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo à realidade?
PLATÃO – Adaptação Marilena Chauí
Refletindo sobre o Mito da Caverna...
O que é a caverna? O mundo das aparências em que vivemos.
Que são as sombras projetadas no fundo? As coisas que percebemos que “achamos” que sabemos.
 Que são os grilhões e as correntes? Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade.
 Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo.
O que é a luz do sol? A luz da verdade.
O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade?  A realidade.
Qual é o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A filosofia



sábado, 14 de maio de 2011

Preconceito



A verdade está lá fora?

O que é a Verdade?

“  Uma vez perguntaram a Buda:
- O que é a Verdade? Viemos discutir a verdade.
- Então não é sobre a verdade que nós vamos falar, porque a verdade não se discute 
– ela é! Sendo assim é impossível discutir a verdade.

Quando falamos o verdadeiro, todos entendemos. Não é verdade?
Quando não é a verdade se manifestando sabemos. Por quê?
Não é apenas porque lemos ou estudamos em algum lugar, mas porque todos nós sabemos em nós.
Somos a manifestação da verdade do universo.”

E para vocês, o que é a verdade? Deixem aqui as suas opiniões...

A morte é o fim ou só uma passagem?


   Pensar sobre a morte é sempre uma tarefa difícil... Normalmente tentamos fugir desse assunto, mas o fato é que, mais cedo ou mais tarde, somos obrigados a encarar essa realidade.
   Deixo aqui algumas reflexões sobre essa temática...


Não Choreis os Mortos
Não choreis nunca os mortos esquecidos 
Na funda escuridão das sepulturas. 
Deixai crescer, à solta, as ervas duras 
Sobre os seus corpos vãos adormecidos. 
E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos, 
Agonizar... guardai, longe, as doçuras 
Das vossas orações, calmas e puras, 
Para os que vivem, nudos e vencidos. 
Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos, 
Da multidão sem fim dos que são vivos, 
Dos tristes que não podem esquecer. 
E, ao meditar, então, na paz da Morte, 
Vereis, talvez, como é suave a sorte 
Daqueles que deixaram de sofrer. 
Pedro Homem de Mello, in "Caravela ao Mar"


Horário do Fim
morre-se nada 
quando chega a vez 
é só um solavanco 
na estrada por onde já não vamos 
morre-se tudo 
quando não é o justo momento 
e não é nunca 
esse momento 
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

Do Amor e da Morte
Temos lábios tenros para o amor 
dentes afiados para a morte 
Concebemos filhos para o amor 
para a guerra os mandamos para a morte 
Levantamos casas para o amor 
cidades bombardeamos para a morte 
Plantamos a seara para o amor 
racionamos o trigo para a morte 
Florimos atalhos para o amor 
rasgamos fronteiras para a morte 
Escrevemos poemas para o amor 
lavramos escrituras para a morte 
O amor e a morte 
somos 
Casimiro de Brito, in "Telegramas"





domingo, 20 de fevereiro de 2011

Questionamentos das turmas de primeiro ano...

Aqui estão algumas das perguntas elaboradas por todas as turmas dos primeiros anos na primeira semana de aula. E como foi explicado, essa é a segunda etapa da nossa atividade, onde vocês tentaram responder às perguntas elaboradas pelos seus colegas.


Vou listar aqui 10 tópicos com perguntas e cada equipe poderá escolher até 3 tópicos para responder, postando comentários e assinando para contar como avaliação... Então vamos lá e divirtam-se! ;)


1. Por que existe a morte? Será que a morte é mesmo o fim? O que acontece depois da morte? Será que existe céu inferno ou purgatório? Será que Deus julga as pessoas e as manda para o inferno?


2. Como surgiu o mundo e os seres humanos? É verdade que o homem surgiu do macaco?  E será que o mundo um dia pode acabar?


3. Existe vida em outros planetas? E outras galáxias e Universos será que existem? Como seriam os ET's?


4. Deus existe? Como surgiu Deus? Será que Deus pode aparecer para alguma pessoa? Se só existe um Deus por que existem tantas religiões?E será que nós temos mesmo anjos de guarda?


5. Por que no mundo existem pessoas tão diferentes se somos todos irmãos? Será que podem existir clones das pessoas?


6. De onde vieram todas as coisas que existem? Qual foi a primeira coisa a existir? Quem veio primeiro o ovo ou a galinha?


7. O que é o amor? Qual é a verdadeira razão do amor? 


8. Por que existe sofrimento? A felicidade realmente existe ou somente temos momentos felizes?


9. Será que existem fantasmas e espíritos? Será que existe reencarnação? Onde Deus e as pessoas que já morreram moram? Será que existem milagres? Será que existem forças malignas?


10. Como surgiu o sol? Por que o sol é tão quente? Será que a teoria do Big Bang é verdadeira? 


ATENÇÃO!!! 
RESPONDAM UM TÓPICO DE CADA VEZ, CRIANDO UM COMENTÁRIO PARA CADA TÓPICO E NÃO ESQUEÇAM DE ASSINAR A RESPOSTA COM OS NOMES DE TODOS DA EQUIPE E COM A TURMA... :)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O que é filosofia?

O que é filosofia?
Perguntam todos perplexos.
Será um monte de livros,
Com discursos desconexos?

Será um bicho difícil,
Que pode nos devorar,
Se não formos muito espertos,
Para a resposta encontrar?

Na filosofia, mesmo,
Nada deve ser complexo,
Podemos fazê-la fácil,
Numa lógica com nexo.

Filosofia é uma forma
De perguntar as questões,
Que mais afligem o homem,
Que mais nos dão comichões.

É perguntar sobre a vida
Querer saber sobre a morte,
É um olhar para o Universo
É um indagar sobre a sorte...

Filosofar faz parte
Da vida de cada dia
Porque pergunta os porquês
Que a nossa razão afia.

Filosofo é qualquer um
Que pára à beira da estrada
Para pensar sobre as coisas
E ver que não sabe nada.

Filósofo deve ser
Quem não quer vegetar,
Passando a vida sem rumo
Sem um sentido encontrar.

Portanto filosofemos,
Buscando a sabedoria,
Pois num bom filosofar,
Teremos mais harmonia.

Dora Incontri